Os corretores de seguros já adotam algumas estratégias para evitar o assédio aos seus segurados no momento em que vão ao banco buscando a autorização para o pagamento do seguro via débito automático na conta corrente.
É o caso de Diogo Leal Sousa, da Adix Corretora de Seguros, que incentiva os segurados e escolher a forma de pagamento “cartão de crédito”, independente de quantidade de parcelas. “As seguradoras atualmente estão oferecendo benefícios na escolha dessa opção. A Tokio Marine divide em 12 parcelas, sem juros, no cartão. A Porto e a Azul parcelam em até seis vezes, sem juros”, explica o corretor.
Outra estratégia adotada na corretora é enviar o passo a passo da autorização ao cliente, que ajude os segurados no procedimento de autorização via canais eletrônicos. “A nossa orientação ao segurado é que ele tente fazer essa autorização via canais eletrônicos ou por telefone. Não sendo possível, que fique tranquilo, pois as companhias já disponibilizam meios alternativos de pagamento”, acrescenta Diogo Sousa.
Essas facilidades já são oferecidas, por exemplo, na Azul, que, ao verificar a não autorização, envia o boleto para o email da corretora, antes do vencimento, sem juros e facilitando o envio ao segurado. Já a Sulamérica emite a apólice em carnê, prorroga o vencimento e envia ao segurado. “É óbvio que tudo isso traz muito mais trabalho ao corretor. Mas, infelizmente, é a única forma que vejo de evitar esse assédio. Precisamos contornar o problema, acompanhando de perto essa cobrança e gerando rapidamente alternativas ao segurado quando o débito não for autorizado”, observa Sousa.
Alternativa semelhante também vem sendo adotada pelo corretor Wilson Freitas Mendes, da WFM Corretora de Seguros.
Segundo ele, a solução encontrada foi incentivar a utilização do cartão de crédito. “Na nossa corretora, estamos incentivando os segurados a usar o cartão de crédito. Argumentamos que essa opção traz inúmeras vantagens, seja para aqueles que não sabem usar aplicativos ou para quem não deseja ir ao banco para obter a autorização do débito automático”, diz o corretor.
Ele acrescenta que essa estratégia vem surtindo o efeito desejado, com a redução do assédio aos segurados. “O cliente não precisa mais ir ao banco, pois o pagamento das parcelas do seguro é feito automaticamente no cartão de crédito”, acentua.
Já o corretor Flávio Mariano optou, em sua corretora, por gerar o primeiro boleto. Isso porque, segundo ele, tanto a Caixa, quanto o Banco do Brasil e o Itaú criam “uma dificuldade muito grande para liberar o débito”.
Ele explica ainda que apenas a primeira parcela do boleto é gerada, pois o restante “é no débito automático”.